A lua e eu

Eu quis escrever uma coisa triste, dessas que cortam o coração mas que de certa forma aconchegam nossa alma e o coração na realidade, não consegui. Sai do meu quarto e de repente parece que o mundo não era somente ali, com meus pensamentos, minhas mágoas, minhas alegrias, meus sonhos… Percebi que existem outras pessoas no mundo e que, tenho certeza, precisam muito mais de mim do que eu delas. Olhei para o céu e lembro de ter murmurado porque carreguei a câmera para tirar uma foto da lua que há poucos minutos estava gigante no céu, e quando cheguei ali ela já estava tão pequena… Notei então, que muitas vezes deixamos as coisas que realmente queremos e que são realmente importantes para nós por causa que precisamos ter mais alguma coisa, eu não me contentei em apenas visualizar e admirar aquela lua tão bonita e tão reflexiva, eu precisava tirar uma foto, perdi tempo, perdi a lua; Da mesma forma que muitas vezes não nos contentamos com abraços, precisamos de palavras, aí vem o medo e destrói toda a coragem que conseguimos, e então nosso peito guarda palavras que possivelmente nunca serão ditas, somente no silêncio das nossas almas. 
Aprendi agora que quando a lua estiver assim de novo é para aprecia-la, se a câmera estiver comigo, ótimo, mas se não tiver, me contentarei com o momento, que é tão mágico quanto aquele em que Deus nos deu a vida. Aprendi que quando eu estiver precisando de alguma palavra, alguém pode simplesmente me abraçar e falar ao meu coração todas as palavras que eu preciso ouvir, mas de forma muito mais sincera. Me contentarei com os abraços, me contentarei com os sorrisos, as lágrimas, os pedaços de papel, as palavras de carinho, as fotos, a chuva… 

A ambição demasiada faz mal ao coração do homem, e o faz perder os momentos mais maravilhosos da vida. Até que ponto vale a pena querer sempre mais?

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